Ouça enquanto lê |
Eu fico querendo notar se você ainda sente alguma coisa por
mim, se dá pra viver com essas migalhas de atenção que você me dá. Tendo
conversar, e te convencer de que eu ainda tô aqui, a parte que sobrou de mim
ainda tá aqui, só esperando você me procurar.
Já reparou que coração partido faz isso? Rende drama, rende texto, rende músicas, rende muita coisa.
Rende pra mim até mendigar atenção, implorar amor, ajoelhar e pedir, por favor,
pelo menos finja, tenta, vira ai alguma chavinha que te faça me amar...
Descobri hoje lendo um texto, que a gente conhece mais
alguém pelo jeito que ele vai embora, e não pela maneira que chega. Porque quem
chega tem sempre um sorrisinho no rosto (talvez um ou outro verdadeiros), uma
frase bonitinha, uma simpatia, e no seu caso, uma chatice exagerada, que você
sempre insistiu em chamar de puro carisma. Mas e aqueles que se vão no meio de
lágrimas, brigas? É disso que quero saber!
No meio desse caos todo, tenho que admitir, e fico feliz em
admitir, que você se manteve você! Foi eu que quebrei. Despedacei na verdade.
Achei que você era tipo o meu super bonder da vida, e você me mostrou que era
só fita crepe. Mas olha só, você me rendeu um monte de lembranças, que sim, vou
guardar todas aqui. Mas de preferência na última gaveta.
Acho que prefiro viver a ilusão de um amor que não existe do
que ser abandonada. Acho que vivo na ilusão de um amor que não existe E
abandonada. Por isso, se quer ir, de verdade, vai. Vai com Deus, vai com calma,
pela sombra, numa boa. Tá tranquilo. Pode ir sem nem olhar pra trás, que aqui
eu trato de me remendar. De novo, de novo, de novo, quantas vezes precisar.
Não quero ser mais uma dessas que mendigam amor. Não mais.
Eu desço o meu orgulho com medo de que se eu não tentar, uma última vez, vou me
arrepender pro resto da vida. Mas toda vez é a última vez, Hoje não. Ou me quer
e faz por onde, ou vai sem nem pensar.
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