quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Café com estrelinhas

Ouça enquanto lê
            Comprei um caderninho na loja de um real pra escrever sobre esse ano. Um novo ano de novo. Pra falar a verdade eu não gosto muito dessas datas de fim e início de ano, não mesmo! A gente fica pensando sobre tudo o que aconteceu no ano que passou e dá uma melancolia, uma vontade de chorar (ok, sou um pouco dramática). Pelo menos é assim comigo.

Não sei se vou conseguir manter a minha promessa de escrever num diário. Eu já tive vários sabe? Mas parece meio impossível eu continuar a escrever neles, porque geralmente eu só escrevo quando fico triste, ou quando alguma coisa dá errado. É tipo uma saída, um esconderijo. Na folha eu posso ser como eu sempre quis ser, sem nem me importar com quem vai ler, se vai gostar ou não. E o mais legal de tudo é que a gente pode apagar, rabiscar de novo e dar o fim que nos convem. Só que eu, meio desiludida da vida com sempre, não consigo fazer isso muito mais que um mês. Sempre vem aquela corrente de realidade puxando a gente. As vozes humanas sempre estragam tudo! As vozes humanas estão por todo lugar...

Já reparou como essas datas são quase iguais? Todo ano elas terminam um ciclo e começam outro exatamente igual. Os pontos de partida e de chegada são os mesmos. O que eu quero dizer com isso? Que o início e fim são quase sempre iguais, o que importa é o meio. Sabe quando alguém diz: ”Deu várias e voltas e voltou ao mesmo lugar” não quer dizer que a pessoa continua a mesma, significa que temos raízes e desejo de mudanças. A pessoa em questão provavelmente voltou ao mesmo lugar não sendo a mesma pessoa. É isso que faz a diferença.

Quem você se tornou depois de tantas voltas? Uma versão de si mesmo com mais histórias pra contar, mais experiências e com certeza, mais maturidade. Ninguém piora, melhora ou na pior hipótese continua a mesma coisa. Com certeza você é uma versão 22 vezes mais inteligente e mais esperta do que um ano atrás. Pode apostar.

Talvez pensar assim seja um jeito melancólico de enxergar as coisas. Talvez melancolia seja a gente percebendo como o mundo é de verdade. Ou não. Você sai de casa de manha para cumprir as suas obrigações lá fora, mas sempre volta pra casa a noite. As vezes com uma historia boa, as vezes apenas com uma história. É mais ou menos isso.

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