terça-feira, 11 de março de 2014

To ouvindo Skank e Armandinho

Ouça enquanto lê
O outono chegou e as folhas secaram – que nem o nosso amor que não resistiu as mudanças de estações até morrer, por fim. Diferente do outono, hoje eu sei, nosso amor não vai ressurgir depois de enfrentar tempestades. Ele acabou. Como se acaba a vontade, o desejo, a coragem, a esperança, o querer seguir em frente e enfrentar mais um obstáculo. Igual quando acaba a pipoca no meio do filme, sabe? A gente fica naquela vontade de correr rapidinho na entrada do cinema pra comprar mais, só que o filme é mais interessante, então a gente só pede para outra pessoa ir lá buscar pra gente ou simplesmente desiste de comer.
Nunca pensei que fosse assim, que iria acabar e no final nem ia fazer tanta falta. Talvez sejam só coisas da idade, como diz meu amante, o pequeno Armando.
E foi tão rápido! Infelizmente foi tudo tão rápido. Eu me afastei, te troquei em uma falha, me arrependi, doeu, chorei. Ai a gente percebe que passa. Eu já fui sim, aquelas que deixam a dor doer, e até arrasta e alarma mais um cadinho, porque costumava fazer parte do meu show, mas percebi que ninguém liga, então porque eu deveria ligar pra dor? Ixi, deixa pra lá. A gente separado até que dá mais certo.
Eu sei que a nossa história já acabou tem muito tempo. Mesmo que o final tenha me tirado o sono por meses, já passou. As coisas passam, sabe? Cada dia, um pouquinho ia ficando pra trás, até que eu passei a ser mais minha de novo.
Não preciso fazer força pra lembrar, nem vou fugir de nada. Sim, eu sinto muito se não fui como no sonho seu. Sempre fica alguma coisa pra buscar, alguma blusa, ou um boné, mas posso me afastar de vez se você quiser. Não quero ver você passas a noite em claro, claro. Esses amores imperfeitos são as flores da estação!

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