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Perfeccionista, tímida quase sempre, nunca fui de ter
muitos amigos, pelo menos pessoas que eu tivesse alguma confiança. Também nunca
soube dividir graus de amizade. Tipo, todo mundo tem: colegas - amigos -
melhores amigos. É o que as pessoas mais coerentes que eu conheço dizem. Só que
pra mim, isso nunca fez muito sentindo. Sempre fui uma pessoa muito
''amigável'', eu acho. Quer dizer, ainda sou. Então qualquer um que se aproxima
de mim mostrando gentileza, simpatia e carinho , já considero essa pessoa meu
''amigo''. Só que, com o tempo, vi que as coisas não poder sem bem assim...
Sempre depositei muita esperança nas pessoas, sempre
confiei demais e sempre construí laços muito fortes. Fortes mesmos. Daquelas
amizades de trocar cartinha nas aulas, conversar altos papos todo dia esperando
a vã, depoimentos no orkut, efim. Essas baboseiras toda! Até que depois , eu comecei a me decepcionar
com o tempo. Perdi umas quatro melhores amigas para os acasos, para o tempo,
para as mudanças da vida. Alguns antigos "amigos" passam por mim hoje
na rua e nem me olham. E isso veio se repetindo por muito tempo e se repete até
hoje.
Não sei qual é
exatamente o meu problema. Às vezes sou uma pessoa aberta demais e por outras
vezes, fechada. A verdade é que eu não sei com quem eu devo avançar mais ou
quem não é digno de tudo isso. A vida tem me ensinado a ser menos para ser
mais, e menos do que costumo ser. E até hoje eu ainda sou confusa. Por isso, em
algumas situações, acabo me fechando para os que se abrem e me abrindo aos que
se fecham. Porque é difícil educar uma pessoa tão acessível quanto eu.
Eu gostaria que
tudo fosse diferente, e que ao menos, eu conseguisse controlar as minhas
relações sociais. Mas eu acho que nunca vou conseguir de fato entender porque
às vezes me pego conversando sobre coisas íntimas, até secretas, com pessoas
que nunca vi na vida em pontos de ônibus, filas de banco etc. e por outras, me
vejo passando ao lado de pessoas que desempenharam um papel muito forte em
minha vida e não trocar pelo menos uma palavrinha. Na verdade, isso tudo não
tem explicação. Mas se temos que viver essa vida desse jeito, então, que todas
essas as mudanças façam sentido em algum lugar lá na frente . Eu sei que uma
hora elas sempre fazem.
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