segunda-feira, 10 de março de 2014

Menina

Ouça enquanto lê
         Perfeccionista, tímida quase sempre, nunca fui de ter muitos amigos, pelo menos pessoas que eu tivesse alguma confiança. Também nunca soube dividir graus de amizade. Tipo, todo mundo tem: colegas - amigos - melhores amigos. É o que as pessoas mais coerentes que eu conheço dizem. Só que pra mim, isso nunca fez muito sentindo. Sempre fui uma pessoa muito ''amigável'', eu acho. Quer dizer, ainda sou. Então qualquer um que se aproxima de mim mostrando gentileza, simpatia e carinho , já considero essa pessoa meu ''amigo''. Só que, com o tempo, vi que as coisas não poder sem bem assim...
Sempre depositei muita esperança nas pessoas, sempre confiei demais e sempre construí laços muito fortes. Fortes mesmos. Daquelas amizades de trocar cartinha nas aulas, conversar altos papos todo dia esperando a vã, depoimentos no orkut, efim. Essas baboseiras toda!  Até que depois , eu comecei a me decepcionar com o tempo. Perdi umas quatro melhores amigas para os acasos, para o tempo, para as mudanças da vida. Alguns antigos "amigos" passam por mim hoje na rua e nem me olham. E isso veio se repetindo por muito tempo e se repete até hoje.
 Não sei qual é exatamente o meu problema. Às vezes sou uma pessoa aberta demais e por outras vezes, fechada. A verdade é que eu não sei com quem eu devo avançar mais ou quem não é digno de tudo isso. A vida tem me ensinado a ser menos para ser mais, e menos do que costumo ser. E até hoje eu ainda sou confusa. Por isso, em algumas situações, acabo me fechando para os que se abrem e me abrindo aos que se fecham. Porque é difícil educar uma pessoa tão acessível quanto eu.
 Eu gostaria que tudo fosse diferente, e que ao menos, eu conseguisse controlar as minhas relações sociais. Mas eu acho que nunca vou conseguir de fato entender porque às vezes me pego conversando sobre coisas íntimas, até secretas, com pessoas que nunca vi na vida em pontos de ônibus, filas de banco etc. e por outras, me vejo passando ao lado de pessoas que desempenharam um papel muito forte em minha vida e não trocar pelo menos uma palavrinha. Na verdade, isso tudo não tem explicação. Mas se temos que viver essa vida desse jeito, então, que todas essas as mudanças façam sentido em algum lugar lá na frente . Eu sei que uma hora elas sempre fazem.


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