domingo, 4 de agosto de 2013

Outro qualquer

   
    
   Esse domingo é um dia muito importante para uma pessoa muito importante pra ela. O dia que pode mudar o rumo da vida dele, da vida dela. Só que ela vê hoje como mais um domingo como outro qualquer: quieto, silencioso, até entediante... Véspera de um dia pior ainda...
Não a entenda mal. Não é como se ela não ligasse pra ele. Como eu disse, essa pessoa é muito importante pra ela.  É só que estar longe tira a capacidade de fazer qualquer coisa. Então, enquanto ele encara seu futuro, ela continua com a tarefa de preencher dias vazios, sonhar e reviver coisas.
Pelo o que fiquei sabendo, é séria essa coisa chamada distância. Aquela garota sempre definia como sendo “a transformação do que um dia aconteceu bem diante de nossos olhos em imaginação, como se nunca tivessem existido antes.” Como se tudo fosse uma eterna mistura do que é real e imaginário. Pelo menos foi comprovado por aquela garota ali. Acontece sempre, diz ela. Sempre que passa bons momentos. Tudo parece não ter acontecido. Como se a parte da mente que percebe que tudo aquilo foi real tivesse ficado lá, durante aqueles momentos.
E acho que isso é ruim, porque esse efeito não passa de ser memória. Efeito que cobre tudo na vida. Vai cobrir até esse domingo que ela intitulou “outro qualquer”.
Mas a verdade é que essa menina é meio louca.
 



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